quarta-feira, 25 de novembro de 2009

As fotos que faltavam...

O nosso XPD em duas fotos.

Entre estas duas fotos, estão 6 dias de competição, centenas de kms, algumas horas de sono, muitos mimos da nossa Assistência e muitas memórias para mais tarde recordar.

Foto tirada no dia da Partida no Estoril.

Foto de consagração na meta colocada na praia do Baleal

Eu diria que ainda fazíamos mais 6 dias... no mínimo.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

XPD 09 - Epílogo

Esta prova, apesar do cansaço extremo que sentíamos, deixa um sentimento muito grande de dever cumprido com honra e dedicação. Devido ao elevadíssimo grau de exigência técnica e física, sentimo-nos muito recompensados por termos conseguido singrar e ultrapassar com mérito próprio um desafio deste calibre. Estivemos entre os melhores do mundo, não vacilámos, não nos intimidámos nem alterámos a nossa natureza humilde, o que nos permitiu colher os frutos dessa precaução e dedicação.

Custou… mas já está! E em boa verdade vos digo que voltaria para lá neste instante sem pensar 2 vezes! É no meio da natureza e em condições desafiantes que nos sentimos bem, como seres que valorizam o meio ambiente e cultivam a camaradagem e o espírito de sacrifício e entreajuda. Estes os valores máximos presentes nas Corridas de Aventura; estes os valores que nos norteiam.

Até breve, esperamos ter muitas mais aventuras para contar num futuro próximo!

XPD 09 – Dia 7 ao pormenor

Após a secção de canoagem que terminou na Aldeia do Mato, já de roupa trocada e bem mais quentinhos, reconfortados e bem alimentados, o Team GreenLand seguiu para mais uma secção de BTT, de 44 kms até à localidade de Bairro.

Pelo caminho tivemos direito a 2 CPs, tendo esquecido o CP de bónus, segundo a nossa estratégia permanente. Pelo caminho também tivemos o prazer de ver passar a equipa NIKE/Beaver Creek e de termos pensado e comentado entre nós “cá vão os cavalões”… Dá gosto ver uma equipa destas ali mesmo ao nosso lado, saudarmo-nos e trocarmos algumas impressões. Depois não há tempo para mais, pois equipas destas não perdem tempo desnecessário!

À chegada a Bairro, a equipa optou por efectuar a ligação, que era suposto ser pedestre numa distância de 38 kms, até Alvados, ao abrigo da possibilidade de mais um corte. Assim, seguimos em bom ritmo até Alvados, com uma paragem providencial na melhor padaria do troço, próximo de Pafarrão, onde pudemos retemperar energias e ingerir cafeína como preparação para mais uma “directa” que teríamos de fazer em BTT noite dentro. Luxos destes equipas como a NIKE não se podem permitir! Mas os motores GreenLand não andam sem combustível e como não gostamos muito de “combustíveis de plástico”, gostamos de parar de vez em quando para abastecer de combustíveis biológicos e sem aditivos! O nosso corpo agradece!

Chegámos a Alvados e soubemos de mais umas infelicidades relativamente a outras equipas portuguesas… Mas nada que fosse definitivo ou impeditivo. Verificámos o equipamento obrigatório, preparámos abafos e impermeáveis, pois a noite prometia chuva, e adensámo-nos na Serra dos Candeeiros. Antes despedimo-nos da nossa querida Esmeralda, que tinha de regressar a casa, e ficámos muito bem entregues ao Zé!

Quando partimos, fizemo-lo já de estratégia delineada, que passava por tentar “limpar” todos os CPs da etapa nas cerca de 11 horas que tínhamos disponíveis, e ainda, se tudo corresse bem, pensávamos poder ir buscar 1 CP na pedestre que se seguia, em vez de sermos cortados e seguirmos para a meta da prova. Mas isso dependeria do que se passasse durante a secção.

E o que se passou não foi bem aquilo que tínhamos imaginado…

De início tudo a correr bem, mesmo com a valente subida ao topo da serra dos Candeeiros, tendo um grande troço sido feito à mão pois o piso e a inclinação não permitiam pedalar. O frio aumentava e o nevoeiro dificultava a orientação. Num dos CPs cimeiros cruzámo-nos com a equipa sul-africana Cyanosis, a qual se aventurou depois numa descida com pouca visibilidade e com saída duvidosa que nós optámos por não fazer, não estando certos da sua viabilidade ou segurança.

A meio da noite começa de repente a chover torrencialmente! Encontrávamo-nos nesse instante junto a umas casas. E, acto instintivo, vimos o alpendre de uma casa e uma cancela aberta… E foi para lá que fomos abrigar-nos, embora desse para ver luzes acesas por detrás das persianas… Todos menos o Velez, que muito cioso da invasão de propriedade que estávamos a perpetrar, ficou ali fora à chuva… Nisto abre-se a porta principal e antes que fôssemos potenciais “alvos a abater”, tratei de dizer “não se assuste”! Sai um casal e apressamo-nos a explicar e a pedir muita desculpa. Sem problemas, fomos autorizados a ficar debaixo do alpendre, onde resolvemos cochilar um pouco enquanto esperávamos uma aberta… Essa aberta chegou com uma outra equipa que passava e aproveitámos a chuva parar para nos pormos a andar!

A partir daí o piso tornou-se muito mau devido à lama. Num dos CPs a que fomos as bicicletas, já à mão, ficaram impedidas de andar, tal era a dimensão dos torrões de lama agarrados às rodas, mudanças, corrente, tudo!

A noite avançava, a progressão tornava-se mais lenta, o sono aumentava…

Num CP colocado em S. Martinho do Porto, do lado oposto ao da baía, tivemos de nos encostar a uma rocha e dormitar aquilo que deveriam ter sido 15 minutos, mas que se transformaram em ½ hora. Nem a permanente chegada e partida de equipas nos arrancou daquele sono!

Lá nos levantámos, e fizemo-nos ao caminho. O tempo já urgia… Falhámos um caminho que deveríamos ter tomado, e com isso vimos ir por água abaixo o plano de conseguirmos todos os CPs… Já não era possível… Assim, procurámos estrada que nos conduzisse o mais rápido possível até à Foz do Arelho, local de chegada da secção, e partida para a última secção de toda a prova.

Foi penoso chegar à Foz do Arelho. Os olhos teimavam em fechar-se. Temos consciência, cada um de nós, de termos adormecido por breves segundos. O Roque ainda deixou ir a bicicleta a um separador que ladeava a estrada e a espécie de ciclovia onde seguíamos, após as Caldas da Rainha. Felizmente não se magoou. Só pensávamos num bom pequeno-almoço!

À chegada à Foz do Arelho fomos aclamados pelo nosso Zé e… pela Tânia! A Esmeralda tinha partido mas trouxe uma substituta ao seu nível! Abancámos no café a tomar o pequeno-almoço. Nisto chega a equipa dos nossos amigos da Extreme Challenger e tomámos o pequeno-almoço todos juntos. O Alexandre, dos Extreme, estava bastante maltratado, tinha pernas e pés inchadíssimos devido ao esforço contínuo a ritmo alucinante.

Decidimo-nos então por seguir calmamente de bicicleta até à meta da prova, sita na praia do Baleal, a cerca de 35 kms dali, ao abrigo de mais um corte. Nem pensámos mais na última secção pedestre que tínhamos inicialmente ponderado...

Avistada a povoação do Baleal sacámos das nossas bandeiras de Portugal e dos nossos Narizes Vermelhos e seguimos areia adentro para cruzar o pórtico de meta que ali se encontrava. O Velez mal entrou na areia caiu logo, o que originou risos e aplausos no público, e logo nós largámos também as bicicletas na areia e fomos todos juntos em festa cruzar a meta! Abraços, fotos, espumante bebido e esguichado pelos presentes! O Roque ao abriu a garrafa resolveu “agredir-me” com a rolha que saiu disparada direito ao meu capacete! Que sorte não me lesionar na meta!

ARWC mostra um Portugal inédito

Não posso deixar de aqui reproduzir as palavras da atleta brasileira Luli Cox ("the lady in pink") da equipa AKSA Brasil/Kailash, dos amigos Rafa e António de la Rosa, palavras que encontrei no seu blog e que tão bem demonstram o que o ARWC potencia num país como Portugal:

"A prova faz a gente passar por lugares maravilhosos. Cidadezinhas com casas todas em pedra, bem medievais, parece que a gente está em algum filme, alguma mega producão. Campos verdes cheios de oliveiras, casinhas simpáticas com roseiras na frente, charme europeu, muitos cachorros latem, os gatinhos só olham. Céu estrelado. Muita névoa. Tudo mágico. As vezes sofremos, muitas outras rimos. Estamos em Portugal. Estamos no Mundial! Sonho?"

Pois é, será que nós portugueses nos apercebemos disto, no n/ próprio país?? Muitas vezes não... e é por isso que ficamos a pensar e a sorrir quando um estrangeiro o explica desta forma tão simples e tão magnífica.

Há que dar o valor ao que temos, ao que somos, como povo e individualmente, há que dar valor a nós próprios!

A nostalgia da pós-prova está a atingir-me... Quero voltar! ;-)

Fiquem bem!

domingo, 15 de novembro de 2009

XPD 2009 - Dia 7

Curta mensagem na 1ª pessoa - enquanto tento recuperar algum do sono perdido - para dizer que o Team GreenLand foi uma das 3 equipas portuguesas a terminar este Campeonato do Mundo de Corridas de Aventura.

Enquanto procuramos normalizar, descansar, alongar, apenas tenho palavras para dizer que é enormemente gratificante completar uma prova destas... Nada do que alguma vez fizemos se pode comparar ao grau de dureza e exigência técnica e física que esta prova teve.

Seguir-se-á um relato mais pormenorizado nos próximos dias, ao nível do que a nossa "repórter" de serviço e assistente nos/vos habituou, mas enquanto isso apenas desejo partilhar a emoção de cruzar o pórtico de meta montado na praia do Baleal em Peniche, ontem dia 14 de Novembro por volta das 12h. O espumante aberto, bebido e esguichado foi espalhado com alegria e efusão por todos quantos estavam presentes, e que sempre acarinharam a equipa do NARIZ VERMELHO.

Agora é tempo de descansar. Balanços não é preciso fazer... Porque é um enorme privilégio conviver com as melhores equipas do mundo, ter como companheiros de equipa pessoas como o Roque, o Batista e o Velez, e ter como assistentes pessoas como a Esmeralda e o José Silva.

Bem hajam, e até muito em breve, com mais relatos da participação neste ARWC.

sábado, 14 de novembro de 2009

XPD 2009 - Dia 6

Os Greenland chegam ao final da secção três pelas 14:50 na localidade do Bairro. Depois de uma transição rápida a equipa segue para o corte quatro, salta uma pedestre e vai directo em BTT sem obter qualquer CP para Alvados.




O corte quatro é rápido e a equipa chega cedo a Alvados, a primeira equipa sem cortes já partiu o que significa que a equipa pode partir a qualquer altura. A estratégia para a próxima secção é realizar todos os CP’s até ao horário do corte cinco (entre as 07h e 10h do dia 14 BTT de Foz do Arelho até Peniche). A secção cinco é mais uma BTT até à Foz do Arelho onde é possível obter 3 CP’s.


Esta é a penúltima secção da prova, o ânimo da equipa está em alta e seguem motivados para limpar todos os cp’s da secção cinco. A equipa faz o “checkout” pelas 18h e ainda avaliam a possibilidade de realizar a ultima secção pedestre e abandonar o corte se conseguirem realizar todos os cp’s em 11h. Esta decisão vai ser tomada durante o percurso dependendo da progressão da equipa. A assistência segue para Foz do Arelho para deixar o material obrigatório para a pedestre, a possibilidade de a realizar está em aberto.

A noite promete chuva e os Greenland partem com a expectativa de acabar em pedestre, este é o espírito que se vive o momento final está a chegar em pedestre ou em BTT amanhã saberemos.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

XPD 2009 - Dia 5

A última etapa da prova aproxima-se e para finalizar em beleza a etapa é constituída por seis secções que totalizam aproximadamente 300km por percorrer de Vila do Rei a Peniche.

Etapa 5 – Partida em Vila do Rei
S1 – Pedestre (Penedo Furado) -> S2 -Canoagem (Aldeia do Mato) -> S3-BTT (Bairro)->S4 - Pedestre (Alvados)->S5 - BTT(Foz do Arelho) ->S6 – Pedestre (Peniche)

Esta etapa tem ainda três “cuts”: C3 - BTT Vila do Rei ->Aldeia do Mato (salta a secção um e dois); C4 e C5 saltam respectivamente a secção quatro e seis que substituem as pedestres por BTT.

Os Greenland ao optar pelo corte na etapa quatro chegaram cedo a Vila do Rei (aproximadamente 13:30) no entanto só podem partir para a etapa cinco quando a primeira equipa sem cortes terminar a etapa quatro e entrar na etapa cinco. Estava prevista a chegada da primeira equipa entre as 17:00 e 18:00 horas o que deixa os Greenland com tempo para descansar e definir estratégia para a última etapa.

A assistência faz o chamado “trabalho de casa” para esclarecer os “cut’s” e o horário de entrada e fecho nas secções. Ao analisar a longa etapa e por saber da possibilidade de transportar os kayaks durante 2km sem “trolley” (percurso com muita pedra) na secção de canoagem a equipa decidiu utilizar todos os “cut’s” e realizar as restantes secções da etapa. O primeiro “cut” com abertura às 00h do dia 12 deixou a equipa apreensiva pela longa paragem.

A primeira equipa saiu para a etapa às 19h e apenas pelas 23h a equipa recebe informação contraditória relativamente à secção de canoagem. Apenas seria necessário transportar os kayaks por 500m. A adrenalina voltou a pairar e a equipa decide mudar a estratégia e abandonar o primeiro corte. No entanto pensar que já poderiam estar na etapa há quatro horas a trás é um sentimento ingrato. Com o stress e “burburim” que envolve uma saída inesperada a equipa voltou rapidamente à prova para iniciar a primeira secção da etapa (S1).

Os Greenland chegaram por volta das 9:30 à Aldeia do Mato depois de realizarem a S1 e S2 da etapa. A expressão de cansaço era evidente, confirmou-se a necessidade de transportar os kayaks por 1,5km e a chuva durante a noite não deu tréguas a este percurso. Apesar dos contratempos a equipa ficou satisfeita por ter arriscado obtendo assim 4 CP’s nas duas secções (a opção de corte apenas permitia obter 1CP).



Depois de um pequeno-almoço e uma reconfortante muda de roupa os Greenland seguem com energias renovadas para a secção três, um BTT de 44km até à localidade de Bairro.


“É preciso acreditar” foram as palavras de um amigo de aventuras o Feijão quando a equipa pensou em mudar de estratégia relativamente ao primeiro corte da etapa. A equipa acreditou, arriscou e conseguiu ultrapassar o desafio. São estes momentos que tornam as corridas de aventura especiais pela atitude e pela coragem de arriscar.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

XPD 2009 - Dia 4

Ao quarto dia de prova os Greenland apostaram em realizar a etapa três. As primeiras secções S1 (BTT até Barco) -> S2 (Pedestre até Barroca) -> S3 (BTT até Castelo Branco) foram secções directas para a chegada sem realizar CP’s . A secção de canoagem (S5) é longa e estima-se que a duração desta secção seja de oito horas o que influenciou a decisão de ir directamente para a chegada nas primeiras secções.

A equipa chegou a Castelo Branco às 13:00 para realizar a secção quatro, um percurso de Trike com 25 km realizado maioritariamente em alcatrão mas com muito sobe e desce. Para proteger a equipa na estrada é obrigatório que a assistência se desloque de carro até Malpica do Tejo junto da equipa. Durante o percurso um dos elementos improvisou um “trolley” para transportar os kaykes (é proibido arrastar os kaykes) o que divertiu algumas equipas que passaram por nós.


/* O elemento de patins a “atrelar” o elemento de trike impressionante*/

Em Malpica do Tejo às 16:30 a equipa preparou-se para a secção de canoagem (S5) de 25km pelo Rio Tejo. Foi necessário fazer um percurso pedestre de 5km e uma descida íngreme de 200m até ao local dos kaykes. O percurso de canoagem foi temporariamente interrompido aos 10km na barragem de Fratel onde foi necessário transportar os kaykes para o outro lado da barragem.


O “trolley” improvisado foi uma ajuda preciosa para equipa que em seguida enfrentou uma escada em caracol e literalmente suou para se conseguir fazer ao rio novamente. A equipa dormiu uma hora nas últimas cinquenta horas de prova enfrentou o rio de noite numa constante guerra contra o sono e frio chegando a Vila Velha de Rodão à 1:30h da manhã.


A equipa tomou o seu primeiro banho e jantou uma massa bolonhesa preparada pela assistência. A entrada no primeiro “cut” da etapa quatro (entrada entre as 00h e as 03 da manhã) era possível no entanto a equipa decidiu dormir duas horas e entrar no segundo cut (entrada entre as 03h e as 6h da manhã).

A etapa quatro é constituída por duas secções, a primeira secção uma pedestre(Vila Velha do Rodão -> Marvão) e a segunda secção uma BTT de 160km (Marvão -> Vila do Rei). Depois de uma “Papas de Milho” preparada pela assistência os Greenland partem às 05:50 da manhã para o segundo cut da etapa quatro, um percurso de BTT directo para Vila do Rei saltando toda a etapa quatro e recebendo apenas 3CP’s de bónus.

O cansaço e as dores musculares já se fazem sentir mas o ânimo da equipa contínua em alta e as partidas são sempre um momento único de muita brincadeira e palavras de força.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

XPD 2009 - Dia 3

A equipa Greenland preencheu o dia de hoje com a segunda e terceira secção da etapa dois. A segunda secção com inicio ainda no dia de ontem, uma BTT de 103km com um acumulado ascendente de 5218m e descendente de 1322m foi uma secção muito dura pelo frio que se fez sentir e pela privação de sono. Terminaram esta secção em Loriga por volta das 10:30 da manhã o que totaliza 15 horas de puro e duro BTT. Durante esta secção cinco equipas desistiram da prova por motivos de lesão.

Em Loriga os Greenland iniciaram a terceira secção da etapa dois, uma pedestre de 45.2km (acumulado ascendente 2985m e descendente 1103m) com uma progressão difícil por ser um percurso com muita pedra. Os Greenland fecharam a etapa às 20:49 em Penhas da Saúde com um sorriso típico de quem passou por uma boa dose de “aventura”. No final do dia já sete equipas tinham desistido e em conversa com outras equipas a equipa da Globaz .PT – Boxit (equipa 50) chegou mesmo a comparar esta etapa com etapas do Raid do Bimbache.

Segue-se a etapa três e os primeiros “Cuts”aparecem já no inicio da etapa quatro. Os “Cut’s” tem como objectivo reagrupar as equipas que se encontram mais atrasadas com as equipas que estão na frente da corrida. Em algumas secções começa a existir limite de entrada, se a equipa não entrar no tempo estabelecido terá de realizar um percurso alternativo que penaliza por obter menos CP’s e normalmente através de um meio de progressão mais rápido (substituir um percurso pedestre por uma BTT por exemplo). A estratégia a partir desta etapa implica avaliar também os Cut’s existentes nas etapas s seguintes.

Para iniciar a etapa três os Greenland decidiram dormir uma hora antes de partir. Tem como objectivo realizar o máximo de CP’s até à entrada limite do segundo Cut na etapa quatro às 06 da manhã do dia 12. Preparam-se para as seguintes secções da etapa três:

S1 – BTT até Barco à S2- Pedestre até BarrocaàS3- BTT até Castelo Branco àS4-Trike até Malpica do Tejo à S5 – Kayak até Vila Velha do Rodão.

Os Greenland estão em prova há mais de 48 horas e o nariz de palhaço contínua sempre por perto, pronto para a foto de partida para esta longa terceira etapa.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

XPD 2009 - Dia 2

A aventura recomeçou no Castelo da Lousã às 8 da manhã com o inicio da etapa dois constituída por três secções: S 1 Pedestre,S2 BTT e S3 Pedestre.
Ao contrário da primeira etapa em que as secções eram relativamente curtas e o contacto com os atletas era frequente, as secções de hoje começam a espelhar a dureza desta aventura tornando-se longas e com uma altimetria muito exigente (típico nesta zona das aldeias da Lousã). É o inicio de muitas dificuldades que irão surgir e por isso é necessário ser prudente analisar os mapas e ter atenção que ainda há muita prova pela frente.

A equipa Greenland partiu com a sua habitual boa disposição para a primeira secção uma pedestre com um canyonig, que permitiu à equipa realizar dois CP’s dos quatro que a etapa permitia obter.

A equipa terminou esta secção por volta das 17:30 no Esporão onde realizaram uma transição animada e onde tiveram oportunidade de repor energias com uma bela sopinha e massa à bolonhesa. Partiram para a secção seguinte uma BTT longa onde se prevê que as melhores equipas terminem por volta das 5 da manhã.

Estão entregues a uma noite fria com nevoeiro e muitas subidas para enfrentar, mas prometem chegar ao fim a sorrir com o nariz de palhaço para animar.

domingo, 8 de novembro de 2009

XPD 2009 - A aventura já começou

Foi com chuva e vento que a aventura começou, equipas de 30 países encheram de cor o jardim do casino Estoril num ambiente de festa.



As equipas portuguesas alinharam à partida para uma fotografia, entre elas está a equipa 56 “Team Greenland ATV” que todos olham com alegria e curiosidade. Para além do material obrigatório comum a todas as equipas (capacetes, apitos, manta de sobrevivência, bússola, etc. ) a equipa 56 tem ainda um nariz de palhaço que faz questão de considerar material obrigatório.

A primeira etapa que preencheu o dia de hoje contemplou os atletas com 5 secções. A primeira secção um “Score 100” multi-actividades (Petanca, Malha, Kayak-surf,Tiro com arco,etc.) que apenas permitia às equipas ganhar um único CP de bónus levou a que muitas seguissem directamente para a secção dois um percurso de “Inline skating/Trikke”.

A equipa “ Greenland ATV” alinhou nas Trikkes e seguiu rumo à Malveira da Serra onde mesmo o vento Guincho não os demoveu a guardar o seu nariz vermelho. Uma transição rápida na Malveira da serra para a secção três, uma pedestre ao longo da costa com um CP obrigatório no cabo da roca que iria terminar na Peninha.


Após uma subida longa e penosa a equipa “Greenland ATV” chegou bem alto para dar inicio à secção quatro, um percurso de BTT com inicio na Peninha. Foi com entusiasmo que a equipa reencontrou as suas bikes e desceu até à localidade de Murches .

A quinta secção leva os atletas novamente a uma corrida até ao largo da Câmara Municipal de Cascais, para uma neutralização que permite à organização transportar todas equipas até à Lousã.

A aventura termina por hoje e promete regressar amanhã com mais notícias dos aventureiros de nariz vermelho.
Para seguir os aventureiros de nariz vermelho visite
GreenLand Team

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Mensagem para os amigos

Amigos, o momento aproxima-se, o stress cresce e o nervoso instala-se!
Mas, também sabemos que depois da partida tudo acalma e entramos na fase da concentração. É o processo natural destas coisas.Vamos cheios de amigos no caração e com uma vontade enorme de chegar ao fim deste desafio convictos que fizemos o melhor que podiamos.
Torçam por nós e acompanhem-nos aqui e no Blog. Vamos tentar que a nossa assistência que só vemos esporádicamente (aproximadamente de 2 em 2 dias) possa ir actualizando as informações.
Resta-me fazer alguns agradecimentos de última hora de pessoal que se juntou á nossa causa e nos facilitou a vida nestes momentos de aperto:
Aos Doutores Palhaços que nos permitiram apoia-los, é para nós uma honra.
Oficina das bicicletas - Amadora
BikeZone - Odivelas
Superbikes - Qtª do Conde
Tribo Aventura - Odivelas
Clube Millennium BCP
Lx Corte - Loures
Pedro Conde

E a todos os amigos em geral.

Gostava de dizer-vos que há momentos na vida que fazemos coisas que nem imaginamos ser capazes.

Vocês todos juntos são uma mão nas nossas costas...

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Os Doutores Palhaços


Esta é a equipa de Doutores Palhaços. São profissionais com formação em artes de representação que leva aos hospitais um trabalho muito sério. Entram com muita alegria e saem carregados de gargalhadas, simplesmente porque as crianças merecem.

Nós apoiamos esta causa!

Visitem o site: www.narizvermelho.pt

ARWC - Agradecimento antecipado

Nenhuma equipa de CA existe sem uma assistência condigna. Tantas vezes subvalorizados ou esquecidos, o papel da assistência é fundamental e imprescindível para o sucesso de qualquer equipa.

Eles são quem nos mantém a andar; são a imagem da vontade de ajudar e do altruísmo que colocam em cada tarefa realizada, a qualquer hora do dia ou da noite, sob quaisquer condições meteorológicas, sempre sorridentes, solícitos, ajudando e mimando-nos com o que podem.

Um bolinho, um chá ou café quente, um prato de massa confeccionada nas traseiras de uma carrinha, um agasalho, um sorriso, um gracejo, são poderosos agentes incentivadores quando a equipa chega ao local de uma assistência. Apesar de muitos deles serem atletas, prescindem altruisticamente de participar na prova, gastam férias e sacrificam tempo de descanso em prol de 4 malucos que andam a pé, de bicicleta, de kayak ou de patins por esse país fora, debaixo de chuva ou sol e com um mapa na mão...

Por isso:

OBRIGADO ESMERALDA E OBRIGADO ZÉ, por terem aceite auxiliarem-nos nesta nossa participação num evento que se adivinha inesquecível!

Tão importante como uma boa assitência, é o uso de um bom equipamento. Tipicamente, trata-se de equipamentos caros, que a nossa equipa, por falta de sponsors, muitas vezes não tem disponibilidade financeira para adquirir.

Mas neste desporto espectacular que são as CA, a comunidade de atletas, amigos e conhecidos tem um relacionamento e uma capacidade de entreajuda salutares e elevados ao máximo expoente.

Confrontados com a necessidade de conseguirmos pagaias de carbono para aumentar o rendimento e poupar esforço adicional nas actividades de canoagem, o Team GreenLand/ATV pediu humildemente ajuda e logo ela apareceu...

OBRIGADO CLUBE MILLENNIUM/BCP, pela cedência das v/ pagaias! Serão com certeza de grande ajuda para nós. Mas mais importante que tudo, OBRIGADOS pela amizade e disponibilidade de todos!

OBRIGADO também à equipa ECOATITUDE pela cedência das suas 2 trikkes para as etapas de patinagem da prova.

Bem hajam!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Portugal XPD Race - Adventure Racing World Championship

Faltam 4 dias para o arranque da maior Corrida de Aventura (CA) alguma vez realizada em Portugal - o Portugal XPD Race, que será este ano finalíssima do Campeonato do Mundo da modalidade, designado por Adventure Racing World Championship (ARWC).

A prova começa com um Prólogo ainda desconhecido, na área do Estoril, sendo que o arranque da prova propriamente dita será na zona da Serra da Estrela/Aldeias do Xisto. Tudo se encontra ainda no segredo dos Deuses, pelo que estas indicações são apenas oficiosas.

O QUE É?

As CA têm por base a disciplina de Orientação, essencialmente em carta militar, podendo depois os meios de progressão serem diversos: corrida, BTT, kayak, patins em linha, natação, surf/kayak surf, manobras de cordas e transposição de obstáculos, jogos de Team Building, etc. etc.

Esta finalíssima contará com a nata mundial de equipas de CA, num total de 59 equipas de nacionalidades e continentes diversos. Entre elas estarão 4 equipas portuguesas, nomeadamente a NOSSA - TEAM GREENLAND/ATV!

Vamos debater-nos por um lugar honroso, como é nosso apanágio, numa abordagem cautelosa mas determinada, que em anos anteriores colheu os seus frutos, sendo o maior o lugar de vencedores do Portugal XPD Race de 2004, no Alqueva!

Nada é garantido neste desporto, em que a estratégia joga um papel essencial na avaliação dos percursos, conhecimento da capacidade da equipa, gestão do sono, entreajuda e perfeito entrosamento... Enfim, TUDO é determinante e um simples mal-estar gástrico ou uns pés em mau estado podem ditar o veredicto final de insucesso, mesmo nas equipas mais fortes.

O percurso deste ano conta com um total de cerca de 900 kms, percorridos em 6 dias e 5 noites, em formato non-stop, sendo responsabilidade e escolha total das equipas como, quando e onde dormir (ou SE dormem!), bem como o que comer, quando e onde. A prova desenrola-se m regime de semi-autonomia, existindo zonas de transição (troca de equipamentos para outras modalidades) e áreas de assistência (em que a equipa tem acesso a todo o seu material e comida).

É um desafio algo sério e sobejamente assustador para muita gente. Mas não é para superhomens nem supermulheres! É exequível para quem treina, tem determinação e um espírito de sacrifício e de equipa para além de tudo o que é normal!

É assim "PERFEITO" para a nossa equipa! O Team Greenland vai dar o seu melhor, e o melhor nunca é demais! Quem dá o que tem...

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

TEAM GREENLAND / ATV - Apresentação

A Team GreenLand / ATV, vai marcar presença no Adventure Race World Championship (ARWC) 2009.


TEAM GREENLAND / ATV, composta por:
#1 PEDRO ROQUE
#2 FILOMENA SILVA GOMES
#3 HUGO VELEZ
#4 ARTUR BAPTISTA

Apoiamos a causa da OPERAÇÃO NARIZ VERMELHO.
Para mais informações sobre esta operação, por favor consultem:
www.narizvermelho.pt

Torçam por nós e pelas equipas portuguesas que vão estar presentes.